Estratégia com Ações
Existem diversas formas de se negociar uma ação (Estratégia com Ações). As formas mais comuns são:
- À vista
- A termo
- Aluguel (vendido)
- Futuro
- Opções
Dentre as formas de negociar, há diversas estratégias também, como day trade, buy & hold, swing trade, etc. Cada investidor se utiliza de alguma técnica, sempre com o intuito de obter lucro. Entretanto, não são todas as estratégias que funcionam para todos os investidores. Alguns preferem ter retornos rápidos. Outros preferem focar no longo prazo, a fim de terem dinheiro na aposentadoria. O comportamento de cada investidor está diretamente associado aos riscos de seus investimentos. Investidores ansiosos compram uma ação e esperam que ela suba no curto prazo. Se ela cai apenas um pouco, eles vendem e amarguram os prejuízos, e fazem isso até esgotar boa parte de seu capital. Entretanto, os preços flutuam e podem voltar a subir ao longo do tempo.
Uma boa estratégia, recomendado por muitos analistas, é comprar ações de empresas grandes, boas pagadores de dividendos, onde seu futuro seja promissor e gere lucros nos anos seguintes. Entretanto, o preço da ação também é uma questão importante. Não adianta muito comprar ações dessas empresas se o preço estiver muito alto. Logo, quando surgir oportunidades de empresas boas onde o preço da ação estiver baixo, vale a pena comprar. E mais, o recomendado é que se compre ações durante um período, a fim de fazer um bom preço médio e acumular uma grande quantia em ações.
Cada investidor deverá achar sua maneira de negociar ações, seja ela no curto prazo ou no longo prazo. Isso implica deixar de lado os palpites de colegas e até mesmo de alguns analistas, além de não se importar com os furacões do mercado e nem com boatos que possam surgir. O investidor deverá também ter disciplina em seguir sua estratégia, não se importar tanto com as oscilações no curto prazo e se empenhar para estudar o mercado e entender seu funcionamento. Confira aqui as principais estratégias utilizadas pelos investidores ao se negociar ações:
Swing Trade
O Swing Trade consiste em uma estratégia mais especulativa, onde o investidor se interessa apenas em comprar e vender ações no curto prazo, sem intenção de investir ou se tornar sócio da companhia, aproveitando as oscilações de curto prazo do mercado para obter lucros. A duração do Swing Trade pode durar de 1 dia até alguns meses. Para poder tirar o máximo de proveito dessas oscilações, os seguidores do Swing Trade se baseiam muito nos gráficos e na análise técnica, pois é ela quem identifica oportunidades de compra e venda.
Long & Short
Long & Short, em ingles, significa Comprado & Vendido. Nessa operação, um investidor mantém uma operação casada, sendo uma posição comprada em uma determinada ação ou ativo e uma posição vendida em outra ação ou ativo, sendo o financeiro perto de zero, buscando lucrar na diferença da rentabilidade dos ativos negociados. Muitos arbitradores se utilizam dessa técnica, aproveitando-se de distorções provocadas por movimentos de especuladores ou outros players do mercado, que fazem os preços de alguns ativos correlacionados se distanciem muito um do outro, criando oportunidades de ganhos.
O objetivo mais comum de acontecer nesse tipo de operação é a obtenção de lucro no aumento do spread entre os dois ativos, aproveitando as distorções entre os seus preços. O financeiro envolvido é próximo de zero, pois quase a mesma quantia recebida na venda dos ativos é usada na compra de outro ativo. Entretanto, é muito comum a utilização de alavancagem financeira, onde o dobro de venda ocorre para cada compra.
No melhor dos mundos, a melhor coisa que pode acontecer em uma operação Long & Short é o ativo vendido cair de preço e o ativo comprado subir de preço. Se isso acontecer, o ganho será em dobro, isto é, nas duas pontas. Logo, o Long & Short busca uma performance relativa a 2 ativos. Entretanto, o contrário pode ocorrer, e a perda pode acontecer nas duas pontas, isto é, o preço do ativo vendido subir e o preço do ativo comprado cair. Muitos fundos de investimentos são especializados em operações Long & Short, pois conseguem obter retornos sem depender da tendência principal do mercado, apenas na correlação entre os ativos.
Tipos de Long & Short
Os principais tipos de Long & Short são:
Intrasetoriais
Envolvem empresas no mercado do mesmo ramo e setor, sempre se baseando nas correlações entre elas. Por exemplo, uma ação de siderúrgicas, como CSN e Usiminas, ou de celulose, como Fibria e Suzano.
Intersetoriais
Envolvem empresas de setores distintos, mas que apresentam correlação entre si. É uma das operações Long & Short mais arriscadas. Por exemplo, a Petrobrás e Vale.
Ações Preferenciais x Ações Ordinárias
É o tipo mais comum de Long & Short, pois apresenta baixo risco. Nessa operação, uma ação ordinária ou preferencial é comprada e a outra é vendida. Por exemplo, ações ON da Petrobrás e ações PN da Petrobrás são comuns em operações Long & Short.
Controladas x Controladora
Algumas empresas listadas em bolsa são controladoras de outras empresas também listadas na mesma bolsa. Como seus resultados são muito similares, na maioria das vezes, a controlada representa quase que a totalidade dos ativos da controladora, criando uma correção entre elas, facilitando ainda mais a operacao de arbitragem e reduzindo os riscos. Por exemplo, Banco Itaú e Itaú S.A.
Índices
São montadas posições Long & Short utilizando índices, como por exemplo, o índice Bovespa e o Índice de Small Caps (BOVA11 x SMALL11).
É possível realizar operações de Long & Short com outros instrumentos, como por exemplo os derivativos ou commodities. Para se realizar operações Long & Short, é necessário manter margens de garantias, pois uma posição sempre será vendida. Essas garantias podem ser em dinheiro ou títulos, como títulos públicos, CDB’s, ouro ou em ações.
Buy & Hold
A estratégia Buy & Hold é uma estratégia conservadora, que consiste comprar ações e mantê-las durante um longo período de tempo na carteira, desde que apresentem bons resultados, com pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio constantes e, preferencialmente, o preço da ação esteja subindo na maior parte do tempo. O principal objetivo do investidor que compra ações e as mantém por um longo período de tempo é aumentar sua poupança de longo prazo, além de diversificar seus investimentos.
Muitos investidores, vão comprando ações ao longo do tempo, fazendo isso quando os preços das ações estão em baixa, fazendo um preço médio vantajoso, e acumulando muitas ações. Além disso, com o dinheiro recebido em dividendos e juros sobre capital próprio, os investidores compram mais ações, aumentando a quantidade e o recebimento de dividendos futuros. Outra forma de ganhar dinheiro com as ações é alugá-las para outro investidor. Como elas não serão vendidas no curto e médio prazo, é possível emprestar (alugar) as ações para outro investidor, sendo que este deverá pagar uma taxa ao investidor detentor das ações.
Day Trade
Day Trade, operação muito conhecida pelos especuladores, consiste em comprar e vender o mesmo ativo no mesmo dia. Logo, trata-se de uma operação de curtíssimo prazo. Há vantagens e desvantagens de se operar day trade. Uma das vantagens, por exemplo, é obter ganhos imediatos, muitas vezes em questões de minutos. Já uma das desvantagens, é que talvez seja necessário enviar várias ordens para a corretora, pagando um preço alto de corretagem.
Os defensores do day trade se utilizam praticamente de gráficos e notícias para obter ganhos no mercado. Com as figuras formadas pelos candlesticks, é possível tentar prever a direção do mercado. Além disso, as notícias que saem diariamente, dando o humor do mercado do dia, ditam as operações de Day trade. É muito comum o uso de robotrader, plataforma que envia e executa ordens no mercado em tempo real para operar no intraday, pois as chances de pegar um preço bom é mais alta.
Outra vantagem do day trade é que as corretoras geralmente não pedem margem. Se você operar qualquer ativo, comprando e vendendo no mesmo dia, não há chamada de margem nem depósitos em garantia, além de poder operar descoberto e alavancado, visto que não é necessário alugar o papel para vendê-lo no mercado. Além disso, é possível operar com o dinheiro da conta da corretora, chamado de conta margem, pagando um percentual de juros do valor transacionado. Mesmo com essas facilidades, é preferível que o investidor assuma posições com recursos próprios, pois o prejuízo pode ser muito grande.
Outro aspecto importante para a realização do day trade são os ativos negociados. Negociar muitos ativos pode ser difícil, pois é necessário um acompanhamento muito próximo desses ativos, além dos estudos gráficos e fundamentalistas de cada um. O mais indicado é operar com poucos ativos, pois fica mais fácil o acompanhamento dos gráficos e notícias. Operar com derivativos também pode ser perigoso, pois é um ativo alavancado. Uma pequena variação no preço de um derivativo, digamos, 0,5%, seria como uma variação de 15% a 25% no preço do ativo no mercado. Da mesma forma que negociar derivativos pode representar altos riscos também podem representar altos retornos.
As operações de day trade são classificadas de altíssimo risco, e não são bem vindas pela maioria dos investidores, pois é considerada a maneira mais fácil de perder dinheiro, e muitos que se aventuraram a negociar ativos comprando e vendendo no mesmo dia não obteve muito êxito. Eles podem começar ganhando, e acham que seu sucesso vai continuar, mas os custos de transação e uma virada do mercado tiram todos os ganhos do trader, levando a amargurar prejuízos. Não se deixe levar por propagandas enganosas nem se iluda com ganhos rápidos no mercado de ações. Se for operar day trade, será necessário ter uma ampla experiência com negociações de ativos e do mercado.